Câncer de mama na mulher com deficiência intelectual

Reportagem do Portal Estadão.

Instituição faz alerta sobre a importância do exame e divulga lista com orientações. “A falta de conhecimento e a infantilização aumentam o risco porque afastam a pessoa do tratamento”, diz médica oncologista.

 

A OEB (Olimpíadas Especiais Brasil), instituição com 52 mil atletas cadastrados para treinamento e competição durante todo o ano, lançou um alerta sobre a importância das medidas de prevenção contra o câncer de mama em mulheres com deficiência intelectual e divulgou uma lista de orientações. Embora pessoas com deficiência não tenham maior ou menor risco de desenvolver a doença, prevenção é fundamental. No caso das mulheres com deficiência intelectual, táticas simples e autoconhecimento são medidas que podem estimular o cuidado.

“O que vemos é uma dificuldade em fazer o exame. A falta de conhecimento e a infantilização do indivíduo aumentam esse risco porque afastam a pessoa do tratamento”, diz Melissa Meirelles, médica oncologista clínica e parceira da OEB.

Anote as recomendações:

  • Redobrar o cuidado da família
  • Ensinar o toque e a autoanálise para que a mulher identifique qualquer alteração, seja na cor, formato ou toque da mama
  • No consultório ou ainda em casa, atenção ao explicar as etapas do exame, utilizando linguagens menos técnicas, se possíveis ilustrações, vídeos e demonstração
  • Alertar a equipe de atendimento para que tenha maior cuidado e atenção ao explicar e manusear a paciente
  • Permitir acompanhantes sempre que possível
  • Explicar que haverá um desconforto nos exames, mas que será passageiro
  • Cuidar da região quando surgir dor após o exame
  • Manter a confiança para que ela retorne nos próximos anos

Entre de ações do Outubro Rosa, a instituição está organizando conversas com as atletas e suas famílias para ressaltar a prevenção.

“É importante frisar o papel da família e da rede de saúde que atende essa mulher, porque muitas vezes ela não entende a necessidade ou o que precisa ser feito”, comenta a médica parceria da OEB. “São essas pessoas e instituições que devem assumir esse papel e estar atentas”, afirma a oncologista Melissa Meirelles. No último ano, somente no Brasil, 59 mil casos da doença foram registrados e, em 2020, mais 66 mil devem ser confirmados, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA).

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