No dia 1 de julho de 2020 nós, das Olimpíadas Especiais Brasil, realizamos a sexta de uma série de transmissões ao vivo, também conhecidas como “lives”, em nosso Instagram. Em meio a pandemia, decidimos fortalecer laços com a nossa comunidade através do canal que dispúnhamos no momento: o digital. Dessa forma, planejamos lives com temas de interesse do nosso público com uma média de 30 minutos por live, para que todos pudessem assistir sem se cansar!
A transmissão da semana trouxe dois familiares em nosso Instagram para firmar uma parceria incrível! Nosso conselheiro e jornalista Rubens Pozzi dividiu a tela com seu primo Ricardo Pozzi, mais conhecido como “Ricardinho”. Assim, os dois começam celebrando essa fantástica união entre Olimpíadas Especiais Brasil e o projeto Maestro da Bola, do futebolista pentacampeão. Ricardo então começa explicando sobre seu projeto e diz que um de seus braços é a inclusão social de crianças da rede pública escolar de ensino através da prática do futebol. Já o outro é focado em pessoas com deficiência (PCDs), embora exista já um time de pessoas com deficiências físicas, Ricardinho revela que para 2021 está programada a criação do Núcleo para Pessoa com Deficiência Intelectual. Rubens lembra que, mais ou menos, um mês antes desse bate-papo oitenta profissionais do Maestro da Bola estavam recebendo a capacitação das Olimpíadas Especiais.
Após problemas com a conexão, a live foi reiniciada e voltou com tudo! O meio-campista falou que seu projeto, mesmo que remotamente, ainda estava realizando atividades online para manter os atletas em atividade, lançando diversos desafios semanais. Ricardinho então, relata que embora as crianças do projeto tenham aquele espaço como um momento de descontração, para ser admitido no Maestro da Bola é preciso apresentar a frequência escolar, que continua a ser acompanhada mesmo após a admissão. Isso demonstra o quanto prezam pelo ensino, impulsionando ainda as crianças a estarem dentro de sala de aula aprendendo e não em outro lugar.
Rubens e Ricardinho falam um pouco sobre como o esporte também aproxima a família do atleta. O futebolista relata que orienta os técnicos a chamarem os pais para assistir os treinos, criando esse maior contato entre pais e filhos. Essa integração tão especial também ocorre nos eventos promovidos pelas Olimpíadas Especiais Brasil, segundo o jornalista esportivo.
Partindo para as perguntas feitas nos comentários, Rubens lê a primeira, que trata sobre como o ex-jogador faz para sensibilizar as autoridades, tanto o poder público quanto empresários, para conquistar apoio para o projeto e como ele lida com a frustração quando não consegue alguma parceria. Ricardinho responde de forma bem simples que a frustração é sempre proporcional a expectativa que botamos em algo. Mas completa que constatou que há realmente muitas pessoas querendo ajudar. Ele também aproveita para dizer que, por mais que o Maestro da Bola tenha parceria com o governo do Paraná, que ele não é partidário. Como inspiração, ele diz a seguinte frase, para fechar sua resposta “o ‘não’ nós já temos, o que temos que fazer é ir atrás do ‘sim’”.
Outra pergunta vinda do público foi sobre a expansão da Maestro da Bola para outros estados do Brasil. Ricardinho responde que, com organização, a expansão pode ser feita e que além de Curitiba, hoje eles contam com um núcleo em Foz do Iguaçu. Porém, antes de qualquer coisa, eles pensam em consolidar os núcleos que já existem. A Maestro da Bola pensa com muita responsabilidade sobre o que se propõe a cumprir, por isso, sempre prezarão pela qualidade em detrimento de quantidade, que segundo Ricardinho é uma consequência.
Rubens então faz uma pergunta que com certeza vários atletas gostariam de perguntar: Para se tornar um atleta de nível profissional, quanto foi preciso se dedicar para alcançar tamanho sucesso? Ricardinho já adianta que tiveram coisas que ele teve de abdicar, como uma festa, um aniversário ou até o carnaval! Por levar muito a sério seu objetivo, ele via como necessário não participar de certos eventos para treinar cedo ou competir e diz que mesmo hoje não se arrepende nada! Algo que ele reforça muito é que em nenhum momento largou os estudos, tanto por ser filho de professora quanto por perceber toda a importância do estudo na sua vida. Para Ricardinho, por mais que não tenha sido fácil em muitos momentos, agradece muito por ter continuado na escola e diz que isso refletiu não só nele como pessoa, mas também como profissional.
Para finalizar, Ricardinho diz que a melhor coisa para um ex-profissional é ser reconhecido e admirado não só pela sua atuação em campo, como também fora dele. E temos certeza de que muitos o tem como referência, inclusive nossos atletas! Uma mensagem muito inspiradora citada por ele, da qual nós compartilhamos, é que tudo que damos não se compara ao que nossos atletas nos proporcionam.
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