No dia 10 de junho de 2020 nós, das Olimpíadas Especiais Brasil, realizamos a quarta de uma série de transmissões ao vivo, também conhecidas como “lives”, em nosso Instagram. Em meio a pandemia, decidimos fortalecer laços com a nossa comunidade através do canal que dispúnhamos no momento: o digital. Dessa forma, planejamos lives com temas de interesse do nosso público com uma média de 30 minutos por live, para que todos pudessem assistir sem se cansar!
Nessa oportunidade, tivemos Mauro Macêdo (conhecido também como “Maurinho”), técnico das Olimpíadas Especiais Brasil, representando os professores que integram no nosso movimento e principalmente aqueles ligados ao basquete. Ele entrevistou Dudu Coelho para falarem um pouco do seu trabalho junto às OEB e esporte inclusivo. Mauro é professor universitário e ajudou a “construir” o basquete dentro das Olimpíadas Especiais Brasil. Amigos de muitos anos, Dudu conhece e se envolve com as Olimpíadas Especiais através do convite de Mauro e, segundo ele, foi uma oportunidade irrecusável e que dentro de quadra, depois parar de jogar profissionalmente, essa seria a experiência mais rica da vida dele. Dudu ainda aproveita para dizer que tem vontade de levar isso para o resto de sua vida e convida os espectadores a também se engajarem por essa causa tão nobre.
A pedido de Mauro, Dudu então explica um pouco do que é o ‘basquete unificado’. A seleção brasileira é composta por 10 atletas, sendo cinco deles atletas parceiros (sem nenhuma deficiência) e os outros cinco com deficiência intelectual. Além disso, são permitidos apenas dois parceiros ao mesmo tempo em quadra, para dar o devido protagonismo aos atletas com deficiência. Dudu, que atua como atleta parceiro, diz que é importante priorizar a experiência dos atletas e promover a independência deles dentro do jogo.
Falando um pouco do momento atual, de isolamento social, onde a prática de esportes coletivos ainda está passando por dificuldades por não ser permitida em diversos lugares, Mauro pede para Dudu algumas dicas de exercícios para os atletas que estão de quarentena. A primeira instrução é procurar um profissional qualificado para recomendar uma atividade física adequada ao atleta. A segunda é procurar por treinos online, visto que durante a pandemia, muitos serviços podem ser encontrados inclusive de graça. Outro conselho muito importante é não se preocupar em estar ativo todos os momentos do dia e viver os momentos de ócio sem que isso seja um problema. A saúde física é extremamente importante, mas a mental também, preze por ela! Eles ainda mencionam que mantém um grupo no WhatsApp que vai além dos exercícios e como que ter esse contato próximo com os atletas da equipe mesmo fora de quadra é importante.
Aprofundando na questão relacionada a saúde mental, Dudu diz que tem procurado se manter rodeado de boas notícias, se afastando um pouco de todo o pessimismo que alguns canais de comunicação trazem, mas sempre entendendo o momento que estamos passando e os cuidados necessários nessa nova realidade. Além disso, é importante compreender que haverá dias bons e dias ruins. Valorizar aqueles que estão passando por esse momento conosco e explorar o meio virtual buscando entrar em contato com aqueles que amamos e procurando assistir filmes para distrair.
Caminhando para o final, nosso entrevistador indaga como Dudu enxerga seu futuro nas Olimpíadas Especiais. Ele diz então sobre como eles já vem trazendo mais atletas para as OEB e que o objetivo é massificar cada vez mais o esporte unificado. Em relação ao futuro do basquete, a nível Brasil, Dudu vê com otimismo e diz que o esporte se encontra em um bom lugar, mais pessoas estão conhecendo o movimento e, assim, ele vê os atletas tendo mais oportunidades e sendo incluídos na sociedade de fato. Ele conclui que o avanço acontecerá em algumas etapas: a primeira é massificar e consolidar e a segunda é ampliar para outros estados do país. Para terminar a live, o entrevistado, respondendo a uma pergunta, expressa que devemos fazer com que as autoridades não tenham como nos ignorar, ou seja, “fazer muito barulho” para que nossa luta seja levada a sério e que as pessoas com deficiência ocupem os lugares que merecem!
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