Nos dias 17, 18 e 19 de Agosto, a Marinha do Brasil mostrou que acredita no esporte como ferramenta de inclusão social. O Centro de Educação Física Adalberto Nunes – CEFAN, um dos maiores complexos esportivos do país, foi o palco da alegria, superação, coragem e valentia.
Os Jogos Nacionais de Inverno Special Olympics Brasil – Rio de Janeiro 2012 contou com a participação de aproximadamente 93 atletas de 5 estados – Bahia, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo – , 16 técnicos e 35 voluntários. Disputados nas modalidades de Hóquei sobre o Piso, Snowshoeing e Patinação de Velocidade, os Jogos Nacionais foram classificatórios para o Mundial de Inverno da Special Olympics – Coréia do Sul 2013.
Durante cerimônia de abertura que aconteceu na manhã de sábado, conduzida pela Diretora Administrativa da SOB, Ana Paula Soares, estavam presentes o Diretor de Desenvolvimento Esportivo da Special Olympics América Latica, Christian Guiralt, o Presidente da SOB, Sr. András Dobroy, a Secretária Municipal dos Direitos da Pessoa Portadora de Deficiência de Nova Iguaçu, Daniela Marques da Silva Cardoso, o membro do conselho curador da SOB, Reginaldo Ferreira e a coordenadora nacional da Rede de Apoio às famílias, Nayne Neves. O anfitrião Almirante Ferraço, acompanhado da sua esposa Ilma Ferraço, decretou aberto os Jogos Nacionais logo após o juramento conduzido pela atleta da Bahia, Karine Oliveira (21), e da corrida da tocha que passou pelas mãos de um atleta de cada estado. “É uma grande honra para o CEFAN receber vocês que já são campeões na vida!”, disse emocionado o Almirante, que é pai do Guilherme, um jovem nadador com Síndrome de Down.
O atleta da equipe de hóquei de São Paulo, Vitor Sterzeck, que a toda manhã prestava continência para os militares, não escondeu a emoção de estar em território da marinha. “Estou muito feliz em estar aqui jogando no Rio onde ficam os marinheiros.” Ao final dos Jogos, Vitor foi presenteado por um militar com um boné camuflado.
Os resultados dos Jogos não poderiam ter sido melhores: todos os estados participantes tiveram atletas sorteados para representar o Brasil na Coréia. O time de hóquei do Rio de Janeiro vai para o mundial com dois atletas parceiros da Bahia, estado que ficou em segundo lugar. O Paraná conquistou a terceira posição. Nesta modalidade, a Special Olympics Brasil teve cotas aprovadas pelo comitê organizador dos Jogos Mundiais apenas para o hóquei unificado: jogam atletas regulares e os chamados parceiros – jogadores sem deficiência.
Para Railan Dantas (15), atleta parceiro do time da Bahia, o esporte unificado é uma troca de aprendizado: “nós somos um time de parceiros, um aprende com o outro”. Enquanto para o baiano Gilmar Conceição (25), atleta regular de hóquei, “o esporte é muito bom para fazer novas amizades”. Além do hóquei, Gilmar pratica futebol e basquete e estava na seleção da SOB durante a Copa América de Futebol – Assunção 2011.
Na patinação, o Brasil será representado pelos atletas Michael e Telma de São Paulo, Felipe Augusto do Paraná e Tatiana Patricia de Minas Gerais. O Michael, de apenas 12 anos, foi a revelação dos Jogos. O snowshoeing foi a única modalidade que não teve competição e sim treinamento, pois apenas o estado de São Paulo possui atletas nesta modalidade. Deste modo, dois “corredores sobre a neve” que vão para o mundial são os paulistas Marily Pistillii (34) e Wesley Santana (26). Os treinos do snowshoeing aconteceram sobre as areias da praia de Botafogo.
O evento teve o apoio da AUDIBEL APARELHOS AUDITIVOS, parceira da SOB há alguns anos, através do programa Atletas Saudáveis.
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