Brasil entra em campo com braçadeira de capitão voltada para inclusão de pessoas com deficiência intelectual

Em uma parceria da Conmebol com o movimento Special Olympics, todas as seleções da Copa América 2024 levam a mensagem de #EscolhaIncluir

O capitão Danilo entrou em campo no empate em 0 x 0 contra a Costa Rica nesta segunda-feira, no SoFi Stadium na Califórina (EUA), para defender as cores do Brasil no início de mais uma competição continental e em sua braçadeira estava uma mensagem muito importante: #EscolhaIncluir. A ação é parte da parceria entre a Confederação Sulamericana de Futebol (CONMEBOL) e Special Olympics – organização mundial que trabalha o esporte como ferramenta de desenvolvimento de pessoas com deficiência intelectual.

            Assim, como o jogador brasileiro, todas as seleções têm seus capitães, como Lionel Messi (Argentina) e Alphonso Davies (Canadá), entrando em campo, durante todos os jogos da competição, com a braçadeira gravando a mensagem que é um chamado para construir um mundo no qual cada pessoa, independentemente de suas capacidades, seja valorizada e tenha a oportunidade de participar plenamente da sociedade. A frase busca derrubar barreiras e promover o respeito. Além disso, em várias partidas atletas das Olimpíadas Especiais entrarão em campo de mãos dadas com os jogadores ao início das partidas.

            Alejandro Domínguez, presidente da CONMEBOL, quem convidou os capitães a usarem a braçadeira, simbolizando o compromisso com a inclusão e a diversidade.

“Ao levar a braçadeira de capitão, os jogadores tomam a decisão de acreditar em algo maior, escolhem contribuir para um mundo onde todos tenham oportunidades de jogar e desfrutar do futebol, de viverem suas vidas plenas e serem membros de uma sociedade”,

afirmou Alejandro Domínguez. 

            A iniciativa é um reforço à Semana do Futebol, que aconteceu entre os dias 27 de maio e 2 de junho e, no Brasil, contou com o apoio da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para a realização das ações organizadas pela Olimpíadas Especiais Brasil (OEB) – entidade que representa o movimento Special Olympics em território nacional -, com ações em todo o país e alcançando mais de 3,5 mil pessoas (entre atletas, treinadores e voluntários). “Ainda falta um longo caminho a ser percorrido, mas é muito gratificante ver que a parceria vai se expandindo e é importante para os nossos atletas estarem representados na maior competição de futebol do nosso continente”, comenta Thomas Goman, presidente da OEB.

Sobre Olimpíadas Especiais Brasil

Projeto global sem fins lucrativos, a Special Olympics é um movimento mundial centrado no desporto, fundado em 1968 por Eunice Kennedy Shriver – irmã do 35° presidente dos Estados Unidos John F. Kennedy. Trata-se de uma organização internacional criada para apoiar pessoas com deficiência intelectual a desenvolverem a sua autoconfiança, capacidades de relacionamento interpessoal e sentido de realização por meio do esporte.

Acreditada pela Special Olympics International, as Olimpíadas Especiais Brasil atuam nas seguintes modalidades esportivas: atletismo, águas abertas, basquete, bocha, ciclismo, futebol, natação, handebol, ginástica rítmica, tênis, tênis de mesa, vôlei de praia e judô; além dos Programas: Atleta Líder, Escolas Unificadas, Atletas Saudáveis, Atletas Jovens, MATP (Programa de Treinamento em Atividade Motora) e Famílias. Tendo o país quase 6 milhões de pessoas com deficiência intelectual, as Olimpíadas Especiais Brasil possuem 44 mil atletas treinando.

Filosofia

A Special Olympics tem como filosofia dar oportunidade a todos os atletas, independente do nível de habilidade, promovendo diversas competições, nas mais diferentes regiões do mundo, durante todo o ano. O programa é conduzido por voluntários e, por meio de treinamentos esportivos e competições de qualidade, melhora a vida das pessoas com deficiência intelectual e, consequentemente, a vida de todas as pessoas que as cercam.

Embaixadores

A Special Olympics conta, em nível local e global, com uma série de embaixadores que vestem a camisa do movimento e ajudam a levar adiante a causa. No Brasil, as OEB dispõem de nomes como os jogadores de futebol Cafu, Ricardinho, Romário, Zico, Lucas Moura e Willian Bigode e a jogadora de vôlei Jackie Silva. No mundo, além de nomes importantes do esporte, com destaque para Michael Phelps, há artistas como Avril Lavigne, Brooklyn Decker Roddick, Charles Melton, Eddie Barbanell, Maureen McCormick, Chris Pratt e Katherine Schwarzenegger.

Compartilhe:

Facebook
Twitter
LinkedIn

Relacionados

Pular para o conteúdo